Existem muitas dúvidas e mitos acerca da terapia infantil. Muitas vezes, temos dificuldades em distinguir as atitudes e comportamentos infantis que carecem de ajuda e, assim, são taxados como “é apenas uma fase”, “vai passar” ou “isto é coisa de criança”.

    É difícil enxergar um problema em nossos filhos, entretanto as crianças, assim como os adultos, podem passar por conflitos e sofrimentos emocionais os quais necessitam de ajuda para superar. As crianças também podem sentir-se inseguras, temerosas, com dificuldades de relacionamentos interpessoais e de elaboração das emoções igual a nós.

    Quando o sofrimento emocional é do tamanho o suficiente para prejudicar a rotina, ou os pais não conseguem mais sozinhos a auxiliar na situação, é a hora de procurar ajuda psicológica. Diferentemente dos adultos, as crianças nem sempre conseguem dizer sobre seus sentimentos, podendo até mesmo não entender o que estão passando. Então mudanças de comportamentos podem ser indicadores da necessidade de uma avaliação psicológica, tais como: comer muito mais que de costume ou perder completamente o apetite, mau desempenho escolar, timidez excessiva, dificuldade em fazer amigos, explosões e acessos de raiva, agressividade, tiques, medos paralisantes, doenças e dores físicas constantes sem causa diagnóstica, recusa em ir à escola repentinamente e xixi na cama.

      Em geral, o trabalho realizado pelo psicólogo infantil visa promover o aprendizado por parte da criança em lidar com emoções e situações conflitantes, ampliando a qualidade de vida desta, até ela conseguir caminhar pela sozinha, independentemente da idade.

    Faz parte da terapia infantil a orientação de pais, nas quais são explicitadas e discutidas juntos aos pais, novas maneiras de ajudar e de lidar com a criança em questão.